Café Tortoni

O Café Tortoni, localizado no 825 da Avenida de Maio, na Cidade de Buenos Aires, é o mais representativo do espírito tradicional de dita avenida e uma lenda da cidade. Nele funcionou a associação literária de maior predicamento de Buenos Aires, liderada pelo pintor Benito Quinquela Martín.

Na atualidade segue sendo um lugar de difusão cultural e turístico por excelência.

Este bar pertence ao seleto grupo de “bares notáveis” da Cidade de Buenos Aires, um grupo cuja principal característica é contar-se entre os más representativos da cidade e estar oficialmente apoiados por programas oficiais do Governo da Cidade de Buenos Aires.

La Peña del Tortoni

No café funcionou La Peña, inaugurada em 1926, que fomentou a proteção das artes e as letras até seu desaparecimento, em 1943, e que era capitaneada por Benito Quinquela Martín. Este grupo havia nascido no café La Cosechera (Rua Peru e Avenida de Maio), trasladando-se logo para as mesas do Tortoni. Como com o tempo o lugar ficou refinado, Curutchet ofereceu a bodega de vinhos para que se puderam reunir com mais comodidade, trasladando a adega a outro lugar. Assim a sede do grupo, a que autodenominavam Agrupação Gente de Artes e Letras, se inaugurou em 24 de maio de 1926, r realizou tarefas de difusão cultural mediante concertos, recitais, conferencias, debates, etc.

Entre os assistentes se encontravam Alfonsina Storni, Baldomero Fernández Moreno, Juana de Ibarbourou, Arthur Rubinstein, Conrado Nalé Roxlo, Ricardo Viñes, Roberto Arlt, José Ortega y Gasset, Jorge Luis Borges, e Molina Campos entre outros. As mesas viram passar figuras da política como Lisandro de la Torre, Ernesto Palacio e Marcelo Torcuato de Alvear; figuras populares como Carlos Gardel (que cantou uma vez um tango em homenagem ao autor italiano Luigi Pirandello, que acabava de dar una conferencia em La Bodega) e Juan Manuel Fangio; prestigiosas figuras internacionais como Albert Einstein y Federico García Lorca; e chefes de Estado como Juan Carlos de Borbón.

Quando a agrupação fechou em 1943, se aproveitou o rescaldado pela a venda dos móveis (entre eles um piano Steinway no que tocaram Arthur Rubinstein, Alejandro Brailowsky, Lía Cimaglia Espinosa e Héctor Panizza) para obter o granito com o qual Luis Perlotti criou o monumento a Alfonsina Storni em Mar del Plata, comprar os mobiliário para o recreio no Tigre onde morrera Leopoldo Lugones e erguer um monumento a memória de Fernando Fader, em Mendoza.

Mesa de Gardel

Carlos Gardel, além de cantar duas vezes no café, foi por um tempo regular no local. De acordo com o testemunho de Enrique Cadícamo, ele ocupava a mesa do lado direito ao lado da janela que entra em Rivadavia, onde pode encontrar amigos sem ser abordado por seus admiradores.